Quem sou eu

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Pinhal Novo, Palmela- Setubal, Portugal
Pastora Auxiliar na COMUNIDADE CRISTÃ JESUS CRISTO É O SENHOR,discipula, serva, filha legitima por DNA do Senhor Jesus Cristo. Mae, esposa,filha, profissional.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

QUEM É VOCÊ???



Quem é que nos da sonhos e desejos para depois arranca-los tão violentamente, lentamente de nossas entranhas?

Quem é que enche-nos os olhos e o coração de um amor tão aconchegante para depois dilacerar a nossa alma com uma desilusão fria e fúnebre?

Quem é que mostra-nos o caminho do paraíso, para depois encher-nos o caminho de pedras e espinhos?

Quem é que põe em nossa boca o gosto doce e viciante de um beijo para depois da-nos o gosto amargo do desprezo?

Quem é que enche a nossa boca de riso e contentamento para depois rasgar de nossos lábios toda a aleluia?

Quem é que inunda todo nosso ser com raios de sol para depois violar o nosso espírito e lança-lo no abismo de trevas e noites intermináveis?

Quem é que enche nossas casas de brilho e som juvenil para depois inunda-la de uma solidão mortal?

QUEM É? DIGA-ME QUEM É...

Para que eu possa dizer-lhe que quero pão ao invés de pedras, quero peixe ao invès de cobras, que quero riso ao inves de cinzas, que o choro da minha noite ja inundou todas a minhas manhãs.

AMA-ME ANTES DE CORRIGIR-ME...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Futuro


Incertezas...
Medos...
Calafrios...
Se...
Futuro, é o intervalo de tempo que se inicia após o presente e não tem um fim definido. Referente a algo que irá acontecer. O futuro é o estado utilizado na mecânica clássica para dizer algo que está por vir. Que ainda não aconteceu(mas vai). Na mecânica quântica já não existe a figura de futuro, pois esta actua de forma atemporal.

Mentiras...
Teorias...
Suposições...

Futuro é um calafrio na espinha que se inicia logo após você ter tocado em um sonho e definitivamente não tem um fim definido. Referente a algo que você queria tanto que acontecesse mas não acontece nunca...

Futuro é tédio...
Não tem remédio...
O futuro foge das nossas mãos
quando você em vão
agarra com paixão
este fujão...

Futuro, Ah! esse futuro se não fugisse de mim...

Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Somos todos iguais braços dados ou não,
Nas escolas, nas ruas, campos, construções,
Caminhando e cantado e seguindo a canção,

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer,

Pelos campos a fome em grandes plantações,
Pelas ruas marchando indecisos cordões,
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão,
E acreditam nas flores vencendo o canhão,

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer,

Há soldados armados, amados ou não,
Quase todos perdidos de armas na mão,
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
De morrer pela pátria e viver sem razão,

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer,

Nas escolas, nas ruas, campos, construções,
Somos todos soldados, armados ou não,
Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Somos todos iguais, braços dados ou não,
Os amores na mente, as flores no chão,
A certeza na frente, a história na mão,
Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Aprendendo e ensinando uma nova lição,

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

GERALDO VANDRÉ

sábado, 2 de julho de 2011

Névoa


Dói lembrar...
Mas é preciso as vezes, antes que a névoa do esquecimento apague-lhe o rosto
Mas dói... doí como agulhas enferrujadas numa ferida fresca
Você se foi...
Tão cedo...
Tão rápido...
Não escreveu um livro
não cuidou da sua árvore
Teve filhos que não conheceu
Não devia ter ido...
Tanta coisa ainda faltava...
Tanta coisa ainda por dizer...

Ainda estou a janela, a tua espera...
Que trazes?
Surpresas...
Já peguei seus chinelos
e a caneca de café
Não quero doces
Quero colo, um abraço, um carinho

Tanta coisa ainda por dizer...
Não me ensinastes a dizer TE AMO
Mas eu aprendi sozinha
Mas não tive tempo de lhe mostrar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...


Devia ter ...devia...


BY PAPAI - 31/12/1950 A 02/06/2010

Gostava tanto de Você


Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar…
Você marcou na minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate…
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você…
Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você…
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você…
Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar…
Você marcou em minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate…
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você…
Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você…
E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você…
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!


(Tim Maia) Você viveu apenas para adoçar meus ouvidos...

Você se foi...


Não sei porque você se foi, depois de tanto tempo a procura-lo...
Uma vida só para ti...
Sonhos rasgados...
Objectivos afogados...
Perspectivas enterradas...
Tudo abandonado para ter-te
Para sentir-te
Mudei, metamorfoseei, moldei-me para ti...
Rompi a multidão para tocar-te...
Subi na árvore para ouvi-ter ...
Subi no telhado para ver-te...
Cheguei tão perto, pude sentir o palpitar do teu coração...

Por instantes vivi um milénio ao pé de ti...
Fui criança aconchegada ao teu peito
Bebi o ar que saia das tuas narinas...
Escondi teus sapatos para não ires embora...
roubei as chaves...
Fiz birras...
Mas você se foi...

Tirou dos meus lábios toda a ALELUIA....
Tirou de mim a euforia da alvorada.
Tudo que me resta são as cinzas,
E o gosto amargo do desprezo e a agonia da solidão...

EU SEM VOCÊ NÃO TENHO PORQUÊS...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Espelho

Era uma vez... uma linda princesa...

E de repente... acordei, e tudo era tão frio, o quarto obscuro e gélido era apenas uma caixa vazia...

O espelho pobre e acinzentado na parede morta reflectia uma estranha gélida, a pele flácida e sem brilho mostra a total ausência de sonhos e expectativas

A estranha causa-me náuseas...
Medo...
Repugnância...
Pena...

Ela olha-me com enormes olhos pálidos, nada diz, apenas olha-me, e aqueles olhos mornos paralisa-me, não consigo mover os pés...

Ela não sorri, não sabe, por segundos parecia esboçar um sorriso, mas logo se foi, era apenas uma sombra...

A estranha continua a olhar-me, na penumbra percebo algo reluzente na face da estranha, uma lágrima... seca, silenciosa... vazia, sinto algo quente na minha face... não pode ser... uma lágrima...

E nos olhamos, choramos, lágrimas secas, e a estranha espera uma abraço, mas meus braços não podem alcança-la...

E... nos largamos no chão, já não posso mais ver a estranha, mas sei que ela está lá, no espelho, não quero vê-la, ela assusta-me, mas não posso evitar, posso ouvir sem gemido misturado ao silêncio...

Então, olho, e lá está a estranha, ainda mais obscura, sombria, fria, vazia, e nos olhamos... cúmplices do crime de existir...

As vezes...














As vezes sou só...
As vezes sou lua... sozinha no escuro...

As vezes o silencio me acompanha, amigo preferido, amante de tantas horas, amigo verdadeiro, indispensável nas horas vagas, amargas, paradas, apagadas...

As vezes só quero fugir, de mim mesma, dos meu erros, e até de certos acertos não tão certos...

As vezes sou ilha... as vezes oceano... as vezes ribeira... as vez poço seco... Mas sou sempre algo, estou aqui e não volto atrás...

Sou o que sou, e não mudo por ninguém, não preciso impressionar, sou apenas o que mostro, o que não mostro não vale a pena ser visto...

Não uso máscaras, as máscaras nos fazem perder a essência de quem somos, e gosto do que sou hoje...

Não minto, não preciso, não tenho medo do que fiz, do que faço, do que vou fazer, se faço é porque quero... Sou preguiçosa, confesso... Tenho preguiça de mentir...

As vezes sou, as vezes...nem por isso...