
Não sei quem sou, pois o que dizem que sou não condizem com aquilo que o espelho reflecte...
Não sei para onde vou, não quero voltar de onde vim, pois sei que caminhar dói e as pedras espancam-me os pés e os estilhaços do tempo violam-me a alma.
Não quero voltar, pois a volta é dolorosa, mas continuar machuca, ficar sufoca-me... Quero asas, quero o vento aos meus pés, quero subir acima de tudo: dos meus erros, crimes e pecados acima do sentir ouvir do falar.
Quero esquecer de quem não sou, de onde vim e para onde não vou. Quero esquecer de mim e da estranha do espelho. Quero ser céu sem nuvens escuras, quero ser vento sem tempestades, quero ser águia em seu voo livre, quero os pés como os da corsa...
FAÇA-ME ANDAR EM LUGARES ALTOS...
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